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Descobri a diabetes e agora!?


3 de julho de 2019
às 22:00

A magreza passou do ponto. A sede era de quem estava perdido no deserto do Saara. A vontade de fazer xixi era como se eu nem tivesse feito há meia hora. E ali, no exame de sangue, uma glicose de quase 400 confirmava: eu era diabética. E agora? Como lidar quando você só tem 10 anos e toda a sua vida precisa mudar rápido e para já? Vem comigo que eu explico.

O primeiro passo é ir ao médico. Por sorte ou destino, tenho uma amiga/ prima que é diabética há muitos anos e a médica dela me atendeu com urgência. É difícil manter a calma quando se está sendo diagnosticada com uma doença, mas você vê logo que a sua vida continua. E, sinceramente? De um jeito bem melhor e mais saudável. Eu tive um apoio muito grande da minha família, o que tornou tudo isso ainda menos complicado.

Com o passar dos dias, mudaram-se todos os meus hábitos. O Toddynho que eu tomava sempre foi sendo tirado. O biscoito de chocolate, só podia comer quando tinha hipoglicemia. A minha alimentação foi adaptada para comer menos carboidratos, tornando-se mais saudável e balanceada.

No início, eu achava que minha mãe não gostava de mim. Como ela poderia me furar tantas vezes ao dia, aplicando uma injeção de insulina que eu tinha pavor e ainda dizer que tudo isso era para o meu bem? Hoje, a gente ri. Na hora, foi de chorar, rs. Eu tinha medo e vergonha de aplicar a injeção na rua, já que toda vez eu chorava. Quando viajava, entrava em provadores de loja para fazer a aplicação. Só quem passa por isso conhece esse sufoco! 😓

Com 2 anos de diabetes, eu me apliquei sozinha na barriga pela primeira vez. A mão tremia mais do que as pernas, mas ali eu me senti totalmente independente. Para quem achava que ia morrer com cada agulhada, eu já ficava ansiosa pela próxima vez e me descobria cada vez mais autoconfiante. Afinal, cada momento é uma vitória para a gente e é claro que tudo ao seu tempo.

Ao longo dos anos, o manejo da diabetes evoluiu de uma maneira muito boa para os diabéticos. Tudo agora tem como ser sem açúcar, o que não me impede de comer nada. Mesmo assim, ainda é preciso tomar cuidado e conversar com um médico ou nutricionista, pois infelizmente até mesmo os produtos sem açúcar contém carboidratos que não deixam de ser açúcares.

Além disso, inovações tecnológicas vem facilitando a nossa vida, seja com bombas de insulina ou com sensores que evitam que a gente precise furar o dedo toda hora, amenizando a nossa dor. Confesso que ainda hoje o que mais me dói é furar o dedo, mas com o uso do sensor, minha vida melhorou e muito. Para quem não sabe, esse sensor fica acoplado na pele, sendo um disco branco nada discreto em que você passa um aparelho e ele te mostra quanto está a sua glicose. Os meus são todos personalizados com adesivos.

Confesso a vocês que, para mim, a diabetes deixou de ser uma doença e passou a ser um estilo de vida e assim posso dizer que a vida tornou-se mais doce.

Meu aparelho medidor de glicose.

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Atenciosamente,
Equipe do SG

Postado por Manuela
Estudante de Jornalismo, apaixonada por livros, música, cinema, viagens e editora de Entretenimento do SG.

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